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O QUE É FERTILIZAÇÃO IN VITRO (FIV) ?
 
CONHEÇA  O PASSO A PASSO DO TRATAMENTO

O QUE É FIV?

 

A fertilização in vitro é uma técnica de Reprodução Humana Assistida que consiste na captação e fertilização do óvulo em ambiente laboratorial. Depois de formado, o embrião é transferido para dentro do útero da mulher. 

1ª ETAPA – FIV – ESTIMULAÇÃO OVARIANA

A estimulação ovariana tem a finalidade de provocar o desenvolvimento dos folículos a produzirem mais óvulos em um mesmo ciclo, onde de forma natural seria liberado somente um. O objetivo é obter um número maior de óvulos maduros e consequentemente um número maior de embriões.

Para isso, a partir do primeiro dia menstruação a paciente fará uso de alguns hormônios, por um período de aproximadamente 10 dias. Em conjunto, ela se submeterá a exames ultrassonograficos, a fim de acompanhar o crescimento e maturação dos óvulos para garantir que o crescimento e a evolução dos folículos estejam dentro do esperado.  

A posologia dos hormônios dependerá da quantidade de folículos que precisam amadurecer. A escolha da dose e melhor protocolo para cada paciente dependem de determinados fatores, como a idade da mulher, índice de massa corpórea, contagem de folículos antrais, dosagens hormonais e resultados em ciclos de tratamentos anteriores.

2ª ETAPA – FIV – AMADURECIMENTO DOS ÓVULOS

O crescimento dos folículos é acompanhado por controle ultrassonográfico em série, realizadas normalmente a cada dois dias até que a maioria atinja um diâmetro maior ou igual a 18mm (tamanho ideal para ovulação) e o endométrio esteja espesso, superior a 7mm.

Quando isso ocorre, a próxima etapa é promover a maturação dos óvulos com uma dose gonadotrofina coriônica humana (hCG), hormônio que desencadeia a ovulação (rompimento dos folículos) 36 a 40 horas após sua administração. Logicamente não queremos que isso aconteça, pois perderíamos os óvulos, então em média 35 horas depois da administração do hCG é realizada a coleta dos óvulos.

Devemos lembrar que esse procedimento padrão pode não ser suficiente para o amadurecimento de todos os óvulos presentes nos folículos, o que pode ocasionar uma quantidade de óvulos imaturos.

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Visão dos folículos por ultrassonografia

3ª ETAPA – FIV – COLETA DOS ÓVULOS

É conhecida como punção folicular sendo um procedimento simples, realizado em centro cirúrgico com a paciente em posição ginecológica, usando um transdutor ultrassonográfico transvaginal e acoplado a este, uma agulha própria para punção. A parede vaginal (0,5cm de espessura) é perfurada e abordamos os ovários sob visão ultrassonográfica. Como a paciente está sedada, evita qualquer desconforto durante o procedimento que dura cerca de vinte minutos.

É necessário que a paciente esteja em jejum de no mínimo 8 horas, e no momento da captação a bexiga esteja vazia.

Os folículos ovarianos, contendo o óvulo, são aspirados através de uma agulha fina conectada ao transdutor do ultrassom transvaginal e acoplados a um sistema de sucção.

A paciente permanece em repouso no quarto por cerca de 40 minutos para passar o efeito anestésico e em seguida poderá deixar a clínica.

Vinculado ao centro cirúrgico, está o laboratório de fertilização in vitro, no qual o embriologista fará a procura dos óvulos no líquido puncionado. No laboratório os óvulos são separados, cultivados e classificados quanto a sua maturidade após a desnudação (retirada das células que circundam o óvulo).

4ª ETAPA: FIV

Depois de obtidos os gametas femininos (óvulos) e masculinos (espermatozoides), no laboratório, o embriologista coloca em uma placa de petri, óvulo e espermatozoides para “namorar”, ou seja, os coloca em um mesmo espaço e espera que um dos espermatozoides alcance o óvulo e o fertilize. Essa placa fica armazenada em uma incubadora com temperatura, umidade e nível de O2 e CO2 controlados. Ali permanecem em cultivo até o dia da transferência ou congelamento.  

Para a FIV não é necessário realizar a desnudação (retirada das células que circundam o óvulo), pois o objetivo é imitar as condições da fertilização natural.

As etapas do FIV  são as mesmas descritas para a Injeção Intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI) diferindo apenas o modo em que os óvulos são inseminados.

5ª ETAPA: CLASSIFICAÇÃO EMBRIONÁRIA

No dia seguinte os óvulos são checados para avaliar quantos fertilizaram. Os embriões resultantes são observados dia após dia em laboratório e classificados de acordo com a sua morfologia, ritmo de divisão celular até a transferência ou congelamento.

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Etapas do desenvolvimento embrionário

6ª ETAPA: TRANSFERÊNCIA DOS EMBRIÕES

Consiste na introdução do (s) embrião (ões) para o interior do útero materno com a ajuda de um cateter específico para essa técnica. O procedimento é feito em centro cirúrgico, mas não requer sedação. A paciente não precisa estar em jejum, mas sim com a bexiga cheia para ajudar na posição e visualização do útero.

Apenas os embriões que corresponderam a um desenvolvimento normal serão candidatos à transferência para o útero materno. Alguns embriões podem parar o seu desenvolvimento no decorrer dos dias, o que os tornam inviáveis para a gravidez.

Os embriões podem ser transferidos para o útero de dois a cinco dias após a fertilização e o médico em conjunto com a paciente e o embriologista decidirão quantos embriões serão transferidos, obviamente seguindo todas as regras da ética, de acordo com a idade da mulher e qualidade dos embriões.

A resolução do CFM no 2.013/2013 determina que “o número máximo de oócitos e embriões a serem transferidos para a receptora não pode ser superior a quatro. Em relação ao número de embriões a serem transferidos, são feitas as seguintes recomendações:

  • Mulheres com idade ≤ aos 35 anos podem transferir até 2 embriões

  • Mulheres entre 36 e 39 anos, podem transferir até 3 embriões

  • Mulheres com idade ≥ 40 anos podem transferir até 4 embriões

Nas situações de doação de óvulos e embriões, considera-se a idade da doadora no momento da coleta dos óvulos.

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Transferência embrionaria – Seta apontando para a gota com os embriões

7ª ETAPA: VITRIFICAÇÃO DE EMBRIÕES

No processo de fertilização in vitro geralmente obtemos vários embriões e em muitas situações o número de óvulos fecundados é maior do que o número de embriões transferidos. Então, aqueles que não são transferidos e são de boa qualidade, embriões excedentes, são congelados com a finalidade de serem transferidos futuramente.

 

Outra indicação para o congelamento de embriões é o risco do desenvolvimento da Síndrome do Hiperestímulo Ovariano (SHO), condição em que há um aumento exagerado do volume ovariano, associado a dor abdominal, náuseas, vômitos, acúmulo de líquido na pelve e no abdômen. Nestes casos, para segurança da paciente, todos os embriões produzidos e de boa qualidade são congelados e a transferência é realizada em outro ciclo sem a necessidade de indução de ovulação e coleta dos óvulos.

 

No processo de vitrificação, nome mais popular entre os especialistas da área de Reprodução Humana, os embriões atingem baixas temperaturas muito rapidamente (aproximadamente -196º C), proporcionando um estado vítreo ao embrião impedindo a formação de cristais de gelo no seu interior, preservando por tempo indeterminado a sua qualidade.

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8ª ETAPA: TESTE DE GRAVIDEZ

Após a transferência embrionária, o médico orientará o dia para realização do teste de gravidez.  

O dia do teste irá depender da fase embrionária na qual o embrião foi transferido:

Casos de transferência com embriões de terceiro dia, o teste será realizado no 12º dia após a transferência, considerando como dia 1 (um) o dia seguinte à transferência.

 

Casos de transferência com embriões de quinto dia (estágio de blastocisto), o teste será realizado no 10º dia após a transferência, considerando como dia 1 (um) o dia seguinte à transferência.

Esse exame é conhecido como BhCG (hormônio gonadotrofina coriônica humana). Este é produzido pelo embrião quando há implantação do mesmo no endométrio e parte do hormônio chegará a corrente sanguínea da mãe podendo ser dosado.

 

Orienta-se que a paciente realize o teste sanguíneo beta-hCG quantitativo, pois este trará como resultado um número e, o mesmo deve aumentar a cada 2 ou 3 dias nas primeiras semanas de gestação, indicando evolução da gravidez. Quando o número apresentado é relativamente baixo comparado a referência do exame, é possível que exista alguma situação de risco na gestação, o exame deve ser repetido e o médico acompanhará de perto o caso.

Esse período de espera entre a transferência e o dia do beta-hCG causa muita expectativa e ansiedade e por isso algumas mulheres acabam realizando o teste de farmácia contra a indicação do médico. O teste de farmácia (teste de urina) é um teste qualitativo e diz apenas se há ou não a presença do hormônio em valores relevantes circulando no sangue da mãe. Muitas vezes este exame dá negativo, mas simplesmente pelo fato de ser um exame com menor sensibilidade e ter sido feito com muita precocidade.

Independente do resultado positivo ou negativo, orientamos que a paciente não interrompa nenhuma medicação até segunda ordem médica.

Caso o resultado seja positivo é realizado uma ultrassonografia de 1º trimestre, para confirmação e avaliar o número de sacos gestacionais presentes. Daí em diante, o acompanhamento será igual a uma gravidez natural.

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Image by Kaylee Garrett

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