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SOP: veja quais os sintomas mais comuns para identificar precocemente a doença



Quando um sistema ou parte do corpo não está funcionando normalmente, os sintomas são a

forma utilizada pelo organismo para indicar que pode haver um problema.

Alguns desaparecem completamente sem tratamento e são conhecidos como sintomas de

remissão. Por exemplo, os do resfriado comum, que podem ocorrer por vários dias e

desaparecer mesmo sem o uso de nenhum medicamento.


Outros, entretanto, indicam a necessidade de procurar auxílio médico e geralmente são de

longa duração ou recorrentes. Nesse caso, classificados como crônicos e observados em

condições contínuas, como a síndrome dos ovários policísticos (SOP).

Apesar de serem um importante alerta para possíveis problemas na saúde, incluindo a

reprodutiva, ainda há muitas dúvidas sobre quando procurar um médico ao perceber

alterações no corpo.

No entanto, o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento da maioria das doenças, entre elas as que podem prejudicar a capacidade de reprodução.

Neste texto destacamos os sintomas da SOP, uma doença feminina bastante comum durante

a fase reprodutiva, que pode afetar desde a autoestima à fertilidade das mulheres. Continue a

leitura até o final e saiba mais.


Quais são os sintomas de SOP?

A SOP foi descrita inicialmente em 1935 por Stein-Leventhal, como uma associação entre

amenorreia (ausência de menstruação) com ovários policísticos. A ausência de menstruação

sinaliza para a de ovulação (anovulação), uma das principais consequências da SOP e causa

comum de infertilidade feminina.

A interferência na função dos ovários é resultado do desequilíbrio dos hormônios envolvidos no processo reprodutivo, as gonadotrofinas folículo-estimulante (FSH) e luteinizante (LH), cuja

alteração nos níveis afeta a produção de testosterona, aumentando a sua concentração.


Níveis elevados de testosterona resultam em hiperandrogenismo, condição que motiva a

ocorrência de diferentes sintomas, como o surgimento de traços masculinos.

Assim, a SOP é um conjunto de sinais e sintomas, que incluem alterações reprodutivas,

endócrinas e metabólicas, de expressão clínica variável. Ou seja, é caracterizada não apenas

pela presença de cistos ovarianos, apesar de eles serem frequentes.


Veja, abaixo, os sintomas mais comuns de SOP para identificar precocemente a doença:


  •  Irregularidades menstruais: além da ausência total de menstruação, os períodos

  • menstruais podem ser raros ou ocorrer com frequência anormal, em intervalos

  • superiores a 35dias;

  •  Crescimento de pelos em locais pouco comuns como face, seios ou costas;

  •  Alterações na pele, como acne;

  •  Queda temporária de cabelo (alopecia);

  •  Seborreia.

  •  Ganho de peso, com dificuldade de controlá-lo;

  •  Alterações do humor,

  •  Problemas relacionados ao sono;

  •  Cefaleia;

  •  Acantose nigricans, caracterizada pelo espessamento e escurecimento da pele nas

  • axilas, base do pescoço, dobras dos dedos e cotovelos pode ocorre como consequência

  • da resistência à insulina, comum em mulheres obesas com SOP;


 Transtornos emocionais como depressão e ansiedade.

A infertilidade, entretanto, além de também ser considerada sintoma, é a principal

consequência de SOP. Para se ter uma ideia a doença é considerada a causa mais comum de

infertilidade feminina e manifesta em um percentual bem expressivo das mulheres portadoras.

As diferentes influências na saúde feminina impactam a qualidade de vida, levando ao

desenvolvimento de transtornos emocionais como ansiedade ou depressão, comprometendo, muitas vezes, as relações profissionais e pessoais.


Como a SOP surge?

A SOP normalmente começa durante a puberdade e tende a piorar com o passar dos anos.

Surge motivada pelo controle inadequado do eixo hipotálamo-hipofisário-gonodal, com

alterações na liberação hipotalâmica de gonadotrofinas (GnRH), na liberação hipofisária dos

hormônios luteinizantes (LH) e folículo-estimulante (FSH), além das ovarianas.

Essas alterações levam a um microambiente androgênico nas células foliculares imaturas, que aumentam a secreção de testosterona, provocando o hiperandrogenismo, impedindo o

desenvolvimento e amadurecimento do folículo. Assim, consequentemente não acontece a

ovulação.


Diferentes estudos sugerem fatores que podem aumentar o risco para o desenvolvimento da

doença, como a resistência à insulina (RI) e a genética.


A Resistência à insulina (RI) também é considerada um fator desencadeador da endometriose:

o hormônio atua no metabolismo da glicose para gerar energia e, da mesma forma, na

maturação do folículo.

Associada à obesidade, condição comum à boa parte das mulheres com SOP, a RI provoca um aumento de glicose no sangue, resultando, consequentemente, na elevação dos níveis de

insulina, estimulando a produção de andrógenos, causando dificuldades na ovulação.

Enquanto a genética é justificada pela incidência da doença em parentes de primeiro grau das mulheres portadoras. Ou seja, mulheres que possuem mãe ou irmãs com SOP têm maior risco de desenvolvê-la.

Mulheres obesas com SOP podem, ainda, desenvolver a síndrome metabólica, condição que

aumenta o risco de acidente vascular cerebral (AVC), diabetes e doença cardíaca.

No entanto, com o diagnóstico precoce, possível a partir da observação dos sintomas, cuja

manifestação clínica se diferencia entre as mulheres, o tratamento ajuda a controlá-los e evita

maior interferência na fertilidade, aumentando as chances de gravidez.

Para as mulheres que não pretendem engravidar são prescritos medicamentos hormonais, que regularizam a menstruação e hormônios esteroides de ação antiandrogênica para bloquear ou inibir os sintomas masculinos.

Mulheres com SOP que pretendem engravidar, por outra lado, podem contar com os

tratamentos de reprodução assistida.

Todas as técnicas aumentam as chances, pois preveem a estimulação ovariana, procedimento em que medicamentos hormonais são administrados para estimular o desenvolvimento e amadurecimento de mais folículos, obtendo, dessa forma, mais óvulos para a fecundação.

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